A Cultura Maker tem um papel essencial no protagonismo estudantil e nas metodologias ativas. Entenda esse conceito e a sua importância!

 

As metodologias de ensino estão passando por mudanças para acompanhar a transformação digital e as diferentes necessidades dos alunos. Entre os conceitos relacionados ao tema, está o movimento Cultura Maker.

Entretanto, por ser um modelo recente, é comum que pais e alunos tenham dúvidas sobre esse conceito e de que maneira ele pode beneficiar o processo de aprendizagem. Então vale a pena se aprofundar sobre o assunto e entender essa metodologia ativa de ensino. 

Neste conteúdo, você entenderá mais sobre a Cultura Maker, os seus benefícios e como ela pode ser aplicada na rotina dos alunos!

O que é Cultura Maker?

A Cultura Maker é derivada de um conceito bem conhecido: o “Do It Yourself” ou DIY, que pode ser traduzido como “faça você mesmo”. Ele surgiu nos Estados Unidos, na década de 1960, quando as pessoas passaram a atuar de maneira proativa para construir, criar e consertar coisas.

Desde então, o mundo passou por grandes mudanças, especialmente com a revolução tecnológica. Isso ampliou as possibilidades da aplicação do DIY, fazendo com que ele chegasse também ao ensino.

Assim, a Cultura Maker traz um modelo que foge da educação tradicional, transformando a escola em um ambiente de experimentação que leva ao conhecimento prático. Como consequência, há maior envolvimento dos alunos, fortalecendo o protagonismo estudantil.

Com esse conceito de colocar a mão na massa, os alunos e professores têm maior interação — o que torna essa cultura uma metodologia ativa de ensino. Os docentes não são mais vistos apenas como uma pessoa que repassa conhecimento e uma grande autoridade.

Ele também é um parceiro, guiando o aluno e trocando experiência, com diálogo, testes e experimentos que ajudem no aprendizado. Dessa maneira, o movimento maker pode ser incorporado à educação de todas as faixas etárias.

Quais são os benefícios para o aprendizado do aluno?

Ao considerar novas metodologias de ensino, é comum ter dúvidas sobre os impactos que isso trará para os estudantes. Afinal, a preocupação com a qualidade do ensino oferecido aos filhos faz parte da rotina dos pais. 

Portanto, vale a pena entender quais são as vantagens que a Cultura Maker proporciona. Confira!

Aproximação entre teoria e prática

A primeira vantagem é a aproximação entre a teoria e a prática. Muitas vezes, os assuntos abordados na grade curricular geram dificuldades de absorção ou deixam de despertar o interesse porque os 

estudantes não compreendem a relevância que isso tem para o dia a dia.

Provavelmente você já se perguntou, em algum momento, quando precisaria de determinada fórmula matemática na sua vida, certo? Esse é um processo natural, mas que pode ser desestimulante. Com a Cultura Maker, no entanto, surgem oportunidades de aplicar a teoria e entender seus efeitos práticos.

Para tanto, as atividades podem propor problemas que exijam a aplicação do conhecimento na construção de um objetivo que solucione a questão. Também é possível fazer experimentos que demonstram o funcionamento de teorias na prática, ajudando na absorção do conteúdo.

Maior engajamento do aluno

Quando o aluno tem maior interesse nas aulas, é comum que ele fique mais engajado. Nesse sentido, é possível que eles tenham maior curiosidade em relação ao aprendizado e busquem formas de aprofundar o conhecimento, sem depender apenas da iniciativa dos professores. 

Muitas vezes, as atividades exigem que os estudantes desenvolvam os projetos sem muitas orientações do professor, pois a ideia é estimular a criatividade e a pesquisa. Isso promove maior autonomia e senso de responsabilidade, ao mesmo tempo em que aumenta a motivação do aluno. 

Ainda, ao “colocar a mão na massa”, o estudante se torna o centro do processo de aprendizado, enquanto o professor atua como suporte, visando atender as necessidades de cada aluno no processo. Isso garante maior participação dos estudantes nas aulas, transformando todo o ambiente escolar.

Melhor desenvolvimento profissional

É importante destacar os impactos que a cultura maker traz para a vida dos alunos. A capacidade de pensar em soluções diferentes e criá-las é uma habilidade importante para o mercado de trabalho e pode gerar diferenciais relevantes para a carreira do estudante.

Isso porque, cada vez mais, as companhias buscam profissionais capacitados não apenas tecnicamente, mas também com soft skills (habilidades comportamentais). Em um mercado que passa por constantes transformações e exige inovação, profissionais que sabem como buscar soluções diferentes se destacam. 

Inclusive, o diferencial não se aplica apenas à busca por uma colocação, com vagas em grandes empresas. A adoção desse processo criativo e do foco em inovação pelo aluno pode gerar grandes ideias para empreender e gerar inovações no mercado. 

Como a Cultura Maker pode ser aplicada?

Conhecendo o conceito e os benefícios, vale entender de que maneira a Cultura Maker pode ser aplicada na rotina dos alunos, dentro e fora da sala de aula. Afinal, ela não precisa se limitar ao dia a dia na escola.

Na instituição de ensino, essa metodologia costuma ser usada em conjunto ao currículo básico por meio de uma infraestrutura específica, como laboratórios de robótica e fab labs, que trazem ferramentas de tecnologia para ajudar os alunos a “colocarem a mão na massa”.

Porém, ela também pode estar presente em situações mais simples, sem exigir tantos equipamentos. Por exemplo, uma horta comunitária para aprender mais sobre ciências, construção de objetos simples e outras práticas que estimulem a criatividade.

Como a base do movimento Maker é a experimentação, também é possível aplicá-lo fora da sala de aula. Nas atividades para a casa, os professores podem solicitar a adoção dessa prática.

Ainda, existem plataformas inteligentes que permitem a aplicação do conceito à distância, moldando-se a conceitos de ensino híbridos, por exemplo. Isso faz com que essa cultura faça parte da rotina do aluno, que se beneficiará desse estímulo em situações do cotidiano. 

Ao longo deste post, você aprendeu mais sobre a Cultura Maker e os seus reflexos na rotina dos alunos. Dessa maneira, vale a pena recorrer às instituições de ensino que apliquem essa metodologia, estimulando a participação e o protagonismo dos estudantes. 

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