A educação socioemocional tem um papel essencial no processo pedagógico. Se você ainda não conhece o conceito, confira este post e aprenda!

As metodologias de ensino passam por evolução, visando beneficiar os alunos e desenvolvê-los cada vez mais. Nesse sentido, a educação socioemocional se torna relevante no processo pedagógico ao ajudar no desenvolvimento de habilidades essenciais para a vida do aluno. 

Assim, o foco deixa de ser apenas o aprendizado de diferentes matérias e conceitos para ajudar no desenvolvimento pessoal. Contudo, se você ainda não conhece o conceito, é hora de se aprofundar sobre o assunto. 

Continue a leitura deste conteúdo para entender o que é a educação socioemocional, quais são as áreas que ela trabalha e como o conceito pode ser aplicado. Confira!

 

O que é a educação socioemocional?

A educação socioemocional, também conhecida como Social Emotional Learning (SEL), é um processo que inclui o desenvolvimento dos alunos referente aos aspectos sociais e emocionais.

Logo, ela traz uma visão de educação integral, com a devida adequação do currículo escolar para possibilitar o aprendizado de competências socioemocionais pelos alunos. Na prática, ao trabalhar as diferentes disciplinas e questões cognitivas, as escolas também desenvolvem a formação de atitudes e valores.

A partir disso, o estudante pode ter maior entendimento sobre as próprias emoções e internalizar valores importantes, como a autoconfiança, empatia, responsabilidade e autonomia. Ainda, há um foco na consciência social, que tem um papel importante para toda a comunidade. 

 

Quais áreas são trabalhadas na educação socioemocional?

A educação socioemocional permite que o aluno desenvolva competências importantes para o seu contexto social, não se limitando apenas a questões relacionadas ao aprendizado. Em geral, é possível observar vantagens como: 

  • melhora no desempenho escolar;
  • redução da indisciplina, tanto em casa quanto em sala de aula;
  • diminuição das práticas de bullying no ambiente escolar;
  • melhora na saúde mental dos alunos;
  • redução dos riscos de que o aluno se envolva com álcool e drogas;
  • melhora no relacionamento entre estudantes e professores;
  • melhora na consciência social, com desenvolvimento do respeito e empatia. 

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) traz diretrizes alinhadas à educação socioemocional, definindo que as competências devem fazer parte do currículo nas escolas de maneira integrada às disciplinas trabalhadas.

Para tanto, são trabalhadas as 5 competências socioemocionais. Veja só:

 

Autoconsciência

Ela envolve o autoconhecimento, com a capacidade de reconhecer as suas forças e limitações, além das próprias emoções, valores e seus impactos no comportamento. Porém, isso deve ser feito mantendo uma visão otimista, sempre buscando o crescimento pessoal. 

A ideia é que, a partir da autoconsciência, o estudante também aprenda a desenvolver a autoconfiança e a autoeficácia — que se relaciona com acreditar na própria capacidade de realizar uma tarefa. Esse autoconhecimento também é relevante para o futuro, ajudando a identificar habilidades e afinidades para planejar a carreira. 

 

Autogestão

A autogestão, ou autocontrole, envolve dois aspectos principais. O primeiro tem um caráter mais emocional, com foco em ensinar o estudante a aprender a regular seus pensamentos e emoções em diferentes situações. Desse modo, torna-se mais fácil controlar impulsos e o estresse no dia a dia. 

Ainda, tem relação com a definição de metas, planejamento, organização e disciplina. Nesse caso, a educação socioemocional visa que o estudante consiga ter autonomia para manter uma rotina adequada, honrando os compromissos e trilhando caminhos que permitam manter a motivação para alcançar os seus objetivos. 

 

Consciência social

A consciência social tem uma grande relação com a empatia, ou seja, a capacidade de se colocar no lugar do outro e respeitar a diversidade, considerando diferentes origens, culturas e valores. 

Os alunos também devem ter capacidade de compreender as diferentes normas sociais e os princípios éticos. Essa competência ainda permite que o aluno saiba onde encontrar recursos e apoio por parte da escola, da família e da própria comunidade. 

 

Habilidade de relacionamento

As habilidades de relacionamento, ou sociais, têm relação com saber se comunicar. Isso envolve saber ouvir, falar de maneira objetiva e cooperar com os outros, desenvolvendo um espírito de trabalho em equipe. 

Além disso, há uma preocupação em fazer com que o aluno saiba resistir a pressões sociais inadequadas, como é o caso do bullying, e entenda como buscar soluções para os conflitos de maneira respeitosa. 

 

Tomada de decisão responsável

Por fim, a educação socioemocional trabalha a tomada de decisão responsável por parte dos alunos. Assim, o estudante aprende como fazer escolhas construtivas em relação ao seu comportamento e as interações sociais.

Tudo isso é feito considerando questões como as regras existentes, os padrões éticos, as questões de segurança e outros fatores relacionados. Portanto, há uma compreensão sobre as consequências das ações, fazendo com que as decisões considerem o bem-estar de todos. 

 

Como trabalhar a educação socioemocional na escola e em casa? 

Não basta conhecer o conceito de educação socioemocional e sua importância. Também é preciso entender como as habilidades podem ser trabalhadas em sala de aula e em casa, auxiliando no desenvolvimento dos seus filhos. 

Na escola, é comum que o conceito seja trabalhado por meio de diferentes atividades, a depender da faixa etária dos alunos. Criação de histórias, shows de talentos, desenhos e oficinas específicas são práticas comuns. 

O desenvolvimento de ações voluntárias pode ajudar com as competências socioemocionais. Apresentações em grupos e outros tipos de atividades relacionadas às metodologias ativas de aprendizagem também são fundamentais.

Já em casa, é importante que os pais se aprofundem sobre o assunto e atuam auxiliando no desenvolvimento dos filhos. Buscar formas de interagir, elogiar as conquistas, dar suporte diante de dificuldades e ter uma participação na escola são questões bastante relevantes.  

Inclusive, essa pode ser uma oportunidade de desenvolver uma relação próxima entre família e escola. 

Afinal, a instituição de ensino pode atuar como parceira, trazendo insights e ideias sobre como levar a educação socioemocional para casa e trabalhar as competências com os filhos. 

Como você viu, a educação socioemocional é importante no processo pedagógico porque ajuda o aluno a desenvolver habilidades sociais importantes, além de auxiliar no senso de responsabilidade e autoconfiança. Dessa forma, a educação se torna ainda mais completa. 

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