A inclusão na infância é um tema que está ganhando espaço nas instituições de ensino. Isso porque ela é essencial para uma educação inclusiva e a construção de uma sociedade diversa, que garanta oportunidades para todas as pessoas.
No entanto, podem surgir dificuldades sobre como falar sobre o assunto com as crianças e trabalhar o tema de maneira efetiva. Ao mesmo tempo, saber como adotar essa postura e incentivá-las nas crianças é fundamental para evitar retrocessos na educação e na inclusão social.
Quer aprender mais sobre esse tema tão relevante? Então continue com a gente para entender o que é a inclusão na infância, por que ela é tão importante e como falar sobre o assunto com as crianças. Confira!
O que é inclusão na escola?
Para entender a inclusão na infância, é preciso compreender a aplicação desse conceito na escola. Ele se refere à adoção de práticas que incluem as pessoas que costumam ser excluídas nas atividades e na sociedade.
Isso porque a própria construção da nossa sociedade deixa indivíduos em uma posição de exclusão, sem a devida integração à escola e aos colegas. Essas diferenças são causadas por diversos motivos, especialmente resultantes de preconceitos e falta de preparo para lidar com a diversidade.
Assim, quando o tema não é corretamente trabalhado, a tendência é que as posturas exclusivas se perpetuem. Logo, a inclusão na escola se refere às boas práticas adotadas para integração dos alunos, com a adoção de atitudes positivas da instituição para acolher a todos e o trabalho dos educadores para evitar posturas exclusivas entre os colegas.
Por que trabalhar a inclusão na infância?
A infância é um momento de grande relevância no desenvolvimento humano. Nessa fase, o indivíduo tem capacidade para aprender muito e de forma rápida. Ou seja, durante os primeiros anos de vida, a criança absorve diversas informações e experiências, vivenciando emoções variadas.
Logo, trabalhar a inclusão desde esse momento ajudará a criar uma postura de acolhimento à diversidade, empatia com próximo e combate ao preconceito. Assim, a criança desenvolve a consciência de que as pessoas apresentam diferenças, mas que isso faz parte da sociedade e é fundamental para a cultura.
Quando o assunto é trabalhado desde a infância, a jornada de desenvolvimento se torna mais positiva e, na vida adulta, as chances de que a criança se torne uma pessoa mais acolhedora, empática e que aceita a diversidade são maiores.
Considerando que essa é uma postura essencial na vida pessoal e profissional, além de beneficiar toda a sociedade, fica fácil entender os motivos para abordar a inclusão na infância.
Como o tema pode ser abordado com as crianças?
Se você quer trabalhar a inclusão na infância, é interessante conferir algumas formas de abordar esse tema com as crianças. Veja só!
Tenha um diálogo franco
Primeiramente, vale reforçar a importância do diálogo: o assunto não deve ser um tabu. Então pesquise sobre ele e tenha momentos para conversar com os seus filhos, abordando diferentes questões.
No entanto, não se esqueça de dar atenção especial ao vocabulário, para não trazer termos considerados preconceituosos ou capacitistas. Inclusive, essa é outra questão que pode ser trabalhada: muitas expressões fazem parte da rotina e são usadas sem consciência sobre a sua origem negativa.
Então também é válido trabalhar essa questão desde o início, explicando as palavras que não devem ser utilizadas. É como explicar por que não falar palavrão, sabe? Demonstre a relevância do respeito e da educação para que a criança compreenda por que ela deve ter atenção às próprias falas.
Utilize materiais de apoio
Outra dica é pesquisar livros, filmes ou séries que abordam o assunto. Atualmente, existem diversos materiais bastante ricos — e adequados ao público infantil — que podem ajudar a desenvolver a consciência sobre inclusão e diversidade. Vale destacar que até os pais podem se beneficiar desse aprendizado.
Nesse caso, façam a leitura ou assistam os vídeos e depois aproveitem para conversar sobre o tema. Pergunte sobre as percepções da criança e se ela já vivenciou ou viu alguma situação retratada no material, por exemplo.
Esteja aberto para esclarecer dúvidas
O diálogo sobre o assunto também deve dar abertura para que as crianças façam perguntas. Nesse caso, tenha uma postura acolhedora para que ela não sinta vergonha de se abrir sobre o próprio comportamento ou problemas que ela está enfrentando.
Entenda todo o contexto apresentado por ela antes de trazer respostas. Caso tenha dúvidas, seja sincero: diga que vai pesquisar mais sobre o assunto e retome a conversa em outro momento. Aqui, você também pode recorrer à escola para ter suporte em assuntos mais delicados ou que gerem maior dificuldade em casa.
Como colocar a inclusão em prática?
Entendendo mais sobre como abordar o tema com as crianças, vale conhecer algumas atitudes para colocar a inclusão em prática. As conversas são fundamentais, mas é importante ter atenção à postura para garantir que o assunto se limite aos diálogos.
Afinal, as ações têm um papel fundamental na construção do conhecimento e no desenvolvimento humano. A seguir, veja algumas práticas que vão ajudar:
Dê exemplo
Comece tendo uma postura inclusiva em suas falas e ações. As crianças tendem a replicar comportamentos que elas observam, então o modo de agir dos pais e responsáveis têm grandes impactos no desenvolvimento. Ao dar exemplo, lembre-se de também combater práticas de exclusão que você presenciar para mostrar a importância de se posicionar.
Incentive a convivência com outras crianças
Os alunos costumam formar grupos específicos, fortalecendo laços com alguns colegas. Nesse caso, os pais podem atuar de forma a incentivar que os filhos se aproximem de outras pessoas também. Muitas vezes, a exclusão acaba surgindo de forma inconsciente, então essa dica ajudará a evitar esses problemas.
Observe o comportamento da criança
Acompanhe de perto o desenvolvimento do seu filho na escola e tenha atenção à forma como ele se comporta. Isso ajuda a perceber sinais de que ele está sendo excluído ou tendo atitudes de exclusão. Nos dois dados, essa percepção permitirá procurar o suporte da escola e, até mesmo, os pais de outros alunos para trabalhar a questão.
Se perceber que o seu filho é vítima de práticas de exclusão, trabalhe a parte emocional com ele — inclusive com suporte terapêutico, se for o caso — e solicite a intervenção escolar. Já nos casos em que a criança adota uma postura inadequada, reforce as medidas adotadas em casa e trabalhe mais o assunto para conscientizá-la sobre a importância de não agir dessa forma.
Pronto! Agora que você sabe mais sobre inclusão na infância, pode trabalhar essa temática com os seus filhos. Dessa forma, é possível trabalhar o desenvolvimento das crianças de maneira mais positiva, incentivando a diversidade e a empatia.
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